
A medicina reprodutiva transformou a vida de milhões de mulheres que puderam realizar o seu sonho de serem mães. Embora este domínio tenha avançado consideravelmente, poucos sabem que muitas das inovações no domínio da fertilidade devem as suas origens ao trabalho incansável de mulheres cientistas que moldaram a história da medicina.
Embora a representação das mulheres na ciência seja ainda inferior à dos homens, o seu contributo em domínios vitais como a reprodução assistida é insubstituível. De acordo com a UNESCO, as mulheres ocupam 28% dos cargos de investigação a nível mundial, um número que tem vindo a aumentar mas que ainda é insuficiente para alcançar uma verdadeira igualdade na ciência.
O caminho para esta igualdade foi aberto por mulheres que desafiaram as normas do seu tempo. Entre elas, destacamos figuras-chave como Marie-Claire King e Patricia Steptoe, cujas realizações no domínio da genética e da fertilidade continuam a influenciar o desenvolvimento da medicina reprodutiva.
MULHERES PIONEIRAS
Marie-Claire King: Avanços na genética reprodutiva
Marie-Claire King é mais conhecida pela sua investigação em genética, especialmente em relação ao cancro da mama. No entanto, as suas descobertas no domínio da genética não tiveram apenas impacto na oncologia, mas também na compreensão dos factores hereditários que afectam a fertilidade. O seu trabalho tem sido fundamental para o avanço da ciência reprodutiva, oferecendo novas perspectivas sobre a forma como os genes podem influenciar a saúde reprodutiva, bem como contribuindo para o diagnóstico de doenças que podem afetar a fertilidade.
Patricia Steptoe: A mãe da fertilização in vitro
A história da fertilização in vitro (FIV) não estaria completa sem mencionar Patricia Steptoe, a ginecologista britânica que, juntamente com Robert Edwards, conseguiu o nascimento do primeiro bebé concebido por este método em 1978. Esta descoberta revolucionou a medicina reprodutiva e abriu a porta a tratamentos que atualmente permitem a milhares de mulheres e casais ter filhos. Embora Steptoe não tenha recebido o reconhecimento que merecia, o impacto do seu trabalho continua a ser fundamental para a fertilização assistida atualmente.
A empatia feminina no centro do tratamento da fertilidade
Uma das qualidades que distingue as mulheres cientistas no domínio da medicina reprodutiva é a empatia. Os estudos demonstram que a capacidade de integrar as preocupações emocionais dos doentes com a ciência melhora os resultados do tratamento e a experiência do doente. As mulheres profissionais de saúde têm uma capacidade única para se ligarem emocionalmente aos doentes que enfrentam dificuldades reprodutivas, o que facilita a criação de uma relação de confiança e segurança.
Uma abordagem holística que vai para além da ciência
Na Ovoclinic, temos uma equipa de mulheres cientistas empenhadas não só nos avanços técnicos, mas também no bem-estar emocional dos nossos pacientes. A experiência das mulheres cientistas vai para além da inovação no tratamento, oferecendo cuidados abrangentes que englobam tanto soluções médicas como o apoio psicológico necessário para quem enfrenta a fertilização.
Hoje, mais do que nunca, as mulheres cientistas são essenciais no domínio da reprodução assistida, ajudando as pessoas a dar o passo em direção à maternidade com confiança. No Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, prestamos homenagem a todas as mulheres que, através do seu trabalho, continuam a mudar o mundo da ciência e da medicina, inspirando as gerações futuras a continuar este nobre trabalho.